Depois de termos visto os elementos fundamentais da Eucaristia e sua celebração, resgatados pelo concílio Vaticano II, podemos agora delinear algumas pistas de ação para a celebração e o agir eucarístico em nossas comunidades:
1. Garantir, na medida do possível, os elementos simbólicos fundamentais do espaço da celebração eucarística, como sinais da presença de Cristo em nosso meio: o altar, o ambão (= mesa da palavra de Deus), o espaço da assembléia, a cadeira da presidência.
2. Cuidar, na medida do possível, que o altar (no âmbito do espaço celebrativo) seja sentido de fato por todos como o centro em torno do qual a assembléia se reúne para celebrar a eucaristia (celebração pascal dos cristãos). Idem para a mesa da Palavra.
3. O espaço da assembléia, na medida do possível, seja ajeitado de tal maneira que todo o povo possa sentir de fato que não está assistindo a uma "cerimônia religiosa" feita pelo padre, mas, como participando comunitariamente (como povo sacerdotal) do memorial pascal.
4. Valorizar e aperfeiçoar (técnica e espiritualmente) cada vez mais os ministérios da presidência, dos leitores, dos acólitos, dos cantores, músicos e instrumentistas, equipe de acolhimento etc. para que a Eucaristia seja celebrada e vivida de fato como ação verdadeiramente eclesial.
5. Garantir o objetivo específico dos ritos iniciais da missa, que é o de criar o clima de comunhão fraterna para ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia. Portanto, não espichar demais esses ritos, acrescentando muita coisa a mais (atos penitenciais muito longos, canto de entrada que se alonga mesmo depois de terminada a procissão de entrada) que podem até distrair do objetivo citado.
6. Garantir que todo o povo de fato responda com vibração no diálogo com o presidente. Para tanto, se requer que o presidente de fato se comunique com o povo, não só comunique palavras, mas comunique fé, espiritualidade, vibração interior.